Prezada Colega,
Acho muito oportuna a sua pergunta. Deixo-lhe a minha opinião:
A confiança é certamente o bem mais procurado e desejável de ser conquistado hoje em dia. Certamente é trabalhoso e desafiador o objetivo de conquistar a confiança de alguém e, não menos trabalhoso, mantê-la.
Contudo, demonstrar confiança não é uma opção qualquer. Quem confia torna-se avalista da competência e da credibilidade de outro. Não é um gesto banal ou de pouca importância e implicações.
Para tanto, é mais do que justo sempre colocar a confiança de alguém sob prova, sob pena de dar endosso a qualquer intenção ou desempenho alheio, podendo ao se machucar ou decepcionar, adotar uma postura radical, fria e distante com todas as pessoas, generalizando que são iguais e desmerecedores de qualquer crédito.
Na minha opinião, quem espera dos outros confiança deve estar disposto a conquistá-la, preferencialmente antecipando-se a qualquer exigência ou prova. Quem é digno de confiança não tem nada a perder.
Contudo, a capacidade e o comprometimento são dois ingredientes-chave para alcançar uma boa e duradoura reputação. "Como diz o ditado, o inferno está cheio de boas intenções..." e também de muitos incompetentes no cumprimento de suas promessas.
A confiança nasce das atitudes e resultados e não de promessas e boas intenções.
Havendo dificuldades em cumprir o combinado, é necessário ser honesto em informar e reconhecer a falha, oferecendo compensações à altura do compromisso assumido.
Na prática, confiança é fruto do caráter e do respeito demonstrado em contar com a boa fé das pessoas.
No ambiente profissional muitos contratos são celebrados para determinar os direitos e obrigações entre as partes e prever compensações quando uma delas por omissão, negligência ou mau desempenho prejudicar a outra parte.
Muitas amizades, relacionamentos e parcerias são inviabilizados, deixando fortes traumas pelo fato de alguém depositar cegamente a confiança em outrem sem qualquer lastro ou garantia de reparação no caso de falta, baseando-se apenas na palavra dada.
Um amigo verdadeiro quando necessita-se do aval e confiança de alguém em suas atitudes e capacidades deveria assumir um contrato de risco salvaguardando ao outro compensações e garantias adequadas no caso de falhar.
Se um estranho se sujeita à fazê-lo, um amigo deveria fazê-lo espontaneamente, por respeito e consideração.
Um amigo verdadeiro não colega a boa fé dos outros à prova, pois confiança cega nunca fez bem a ninguém.
Amizade se constrói com caráter, provando com atitudes, respeito e consideração para com o outro, seu valor e confiabilidade.